
Consultoria de fundações oferece sistema de cortinas pré-moldadas que promete rapidez, agilidade e economia na execução.
CORTINAS FECHADAS
 Nas 
    construções convecionais, com um ou mais subsolos, as cortinas 
    de contenção de solo são concretadas na fase final dos 
    trabalhos, muitas vezes com a sobra da madeira das fôrmas utilizadas 
    no prédio. A empresa paulista Fundacta Consultoria e Engenharia de 
    Fundações, que comemora seus dez anos em 96, oferece um sistema 
    que promete racionalizar a execução desse serviço, com 
    ganhos de tempo e redução de custos. No lugar do escoramento 
    com pranchas de madeira, a Fundacta propõe a utilização 
    de placas pré-moldadas colocadas entre os perfis metálicos durante 
    a fase de escavação. O passo seguinte é concretar o vão 
    entre as placas, com ou sem armação, conforme projeto do engenheiro 
    calculista. 
    Segundo Daniel Rozenbaum, diretor da Fundacta, as "cortinas pré-moldadas" 
    são concluídas em prazo inferior ás executadas pelo método 
    tradicional - o cronograma previsto jamais ultrapassaria o tempo gasto com 
    as escavações da obra-, dispensam o uso da madeira e têm 
    custos entre 30% e 40% inferiores. O maior ganho seria com a otimização 
    da mão-de-obra, afirma Rozenbaum. 
       " No sistema tradicional, a obra vai avançando 
    e a madeira chega a ficar um ano ou mais servindo de escoramento. No final, 
    o engenheiro é obrigado a voltar com toda uma equipe de operários, 
    concretar vão por vão, chapiscar e revestir a superficie", 
    afirma o diretor da empresa. 
       " Nosso objetivo com o uso da cortina pré-moldada 
    é industrializar o processo, partindo direto para o acabamento final", 
    explica. Mesmo com a promessa de tantas vantagens, alguns construtores resistem 
    a abandonar o método tradicional, com receio de gastar mais do que 
    foi previsto ou prejudicar o acabamento final da obra, admite Rozenbaum. Ele 
    calcula que todos os gastos com fundações, incluindo as cortinas, 
    não ultrapassam de 6% a 7% o custo final da obra. Além disso, 
    continua, assim como no método tradicional, a cortina também 
    pode ser revestida. " Mas os clientes têm optado por lixar as placas 
    e deixa-las aparentes, pintando apenas a aba dos perfis metálicos". 
    
    Primeira Experiência - A ansiedade do construtor para ver a estrutura 
    de pé o mais rapidamente possível, deixando em segundo plano 
    os serviços importantes da fase de fundações, tem sido 
    outro desafio para vender seu sistema. " O engenheiro decide executar 
    as cortinas no final da obra e depois acaba reclamando que o processo é 
    trabalhoso", conclui o diretor da Fundacta. A primeira experiência 
    da empresa com a cortina pré-moldada foi realizada no canteiro de obras 
    do Shopping Center Romero Plaza, no bairro do Tatuapé, zona leste paulistana. 
    Interessado em agilizar a execução das cortinas e manter o canteiro 
    limpo, o engenheiro Newton Salomão, gerente de produção 
    da Lucio Engenharia e Construções, responsável pela obra 
    do shopping, decidiu ajudar a Fundacta a desenvolver a cortina pré-moldada. 
    Ele chegou até mesmo a indicar o fornecedor dos painéis pré-fabricados 
    utilizados nas cortinas. " Essas placas eram utilizadas como pré-lajes, 
    colocadas horizontalmente. nós as adaptamos para o uso vertical", 
    explica Salomão. Uma das vantagens desses painéis é a 
    leveza, que facilita seu transporte e a manipulação no canteiro. 
    
    Depois da experiência aprovada no Shopping Romero Plaza, a Lucio utilizou 
    o sistema na construção de uma escola, na capital paulista. 
    "Nós temos um caderno de procedimentos, no qual detalhamos toda 
    a metodologia construtiva da Lucio Engenharia. E o uso da cortina pré-moldada 
    já faz parte desse caderno", finaliza Salomão. 
    
Matéria 
    Publica na Revista A Construção São Paulo "Cortinas 
    Fechadas"
    Número 2519 - maio/96 - páginas 12 e 13